Às vezes eu morro de tristeza com o mundo. É tanta violência, tanta bandidagem, tanta falta de educação, tanta gente se importando com coisas pequenas. Nas novelas, mentiras, hipocrisia e exemplos que não devem ser seguidos. Onde as coisas vão parar?
Se eu abro o jornal, é aquela velha história: seca
de um lado, enchente do outro, pai que esfaqueou a filha, mulher que deixou o
filho dentro de um saco de lixo, homem que tem duas mulheres, político que
rouba, senhora que morreu na fila do SUS. Isso nunca vai ter fim?
Meu lado infantil lembrou da Xuxa, “de hoje em
diante, só quero boas notícias”. Mas o mundo real não é assim. A gente tem que
pagar plano de saúde, evitar alguns lugares, ter cerca elétrica, alarme,
segurança. E, às vezes, desligar a televisão. Não sei por que tem tanta gente
que acha legal um personagem da Avenida Brasil, o Cadinho, ter três mulheres. E
o Leleco ter duas. Isso não é bacana. Mentir não é bonito. Enganar, trapacear,
passar a perna é errado. Ambos fazem o estilo “engraçadão”, mas eu não acho
graça e nem dou risada. Fico é pensando que tem um monte de gente pouco
esclarecida e machista assistindo essa novela. E isso é um total desserviço.
Este caso foi apenas um exemplo.
Eu não sei se as pessoas de fato se perguntam o que
estão fazendo no mundo. Não sei se elas refletem a respeito de suas atitudes.
Será que isso que eu fiz vai interferir na vida do outro? Será que não estou
sendo uma tremenda babacona? Será que eu poderia fazer mais?
Chega uma hora em que a gente se pergunta: será que
eu sou bom mesmo? Será que sou boa pessoa? Será que não sou arrogante? Será que
não sou egoísta? Será que faço as coisas certas? Será que fiz as escolhas que
deveria ter feito?
Acho que sempre é tempo de mudar. E,
principalmente, sempre é tempo de colocar a mão na consciência e passar a vida
a limpo. Não repetir exemplos que não fazem parte do que julgamos correto.
Seria tão mais fácil se cada um fizesse a sua parte consigo mesmo e com o
mundo.
Clarissa Corrêa
Clarissa Corrêa
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