quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sobre o mundo, as mentiras e a consciência


Às vezes eu morro de tristeza com o mundo. É tanta violência, tanta bandidagem, tanta falta de educação, tanta gente se importando com coisas pequenas. Nas novelas, mentiras, hipocrisia e exemplos que não devem ser seguidos. Onde as coisas vão parar?

Se eu abro o jornal, é aquela velha história: seca de um lado, enchente do outro, pai que esfaqueou a filha, mulher que deixou o filho dentro de um saco de lixo, homem que tem duas mulheres, político que rouba, senhora que morreu na fila do SUS. Isso nunca vai ter fim?

Meu lado infantil lembrou da Xuxa, “de hoje em diante, só quero boas notícias”. Mas o mundo real não é assim. A gente tem que pagar plano de saúde, evitar alguns lugares, ter cerca elétrica, alarme, segurança. E, às vezes, desligar a televisão. Não sei por que tem tanta gente que acha legal um personagem da Avenida Brasil, o Cadinho, ter três mulheres. E o Leleco ter duas. Isso não é bacana. Mentir não é bonito. Enganar, trapacear, passar a perna é errado. Ambos fazem o estilo “engraçadão”, mas eu não acho graça e nem dou risada. Fico é pensando que tem um monte de gente pouco esclarecida e machista assistindo essa novela. E isso é um total desserviço. Este caso foi apenas um exemplo.

Eu não sei se as pessoas de fato se perguntam o que estão fazendo no mundo. Não sei se elas refletem a respeito de suas atitudes. Será que isso que eu fiz vai interferir na vida do outro? Será que não estou sendo uma tremenda babacona? Será que eu poderia fazer mais?

Chega uma hora em que a gente se pergunta: será que eu sou bom mesmo? Será que sou boa pessoa? Será que não sou arrogante? Será que não sou egoísta? Será que faço as coisas certas? Será que fiz as escolhas que deveria ter feito?

Acho que sempre é tempo de mudar. E, principalmente, sempre é tempo de colocar a mão na consciência e passar a vida a limpo. Não repetir exemplos que não fazem parte do que julgamos correto. Seria tão mais fácil se cada um fizesse a sua parte consigo mesmo e com o mundo.

Clarissa Corrêa

 

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